quinta-feira, agosto 04, 2005

"A minha rebelde adolescência a ouvir Nightwish" - sim! Eu gostava de ter estado em Vilar de Mouros...




Boa noite, caros metaleiros que me compreendem (sim, porque se os caros leitores não forem apreciadores de boa música, basta verem a palavra Nightwish no título para imediatamente desistirem da leitura deste post...Vocês é que sabem! Olhem que o post promete... Eu diria mesmo que é provável vir a tornar-se num dos melhores posts de todos os tempos...Ou não...)

Ora, mas deixando-nos de conversa fiada, passemos ao que interessa... Ou melhor: vou aqui começar a enrolar, porque Nightwish é um assunto (e uma banda) tão especial que precisa daquele momento antecipatório cheio de ansiedade. Daí eu achar por bem (até porque está no contexto) aproveitar este mesmo momento para explicar o título que meticulosamente escolhi para o post... "A minha rebelde adolescência a ouvir Nightwish" é uma expressão inventada por um co-autor deste blog cujo nome não vou denunciar (sim, é o Sérgio) escolhida a dedo para classificar alguns textos meus..."Não estou a perceber!"). E agora que o título está explicado (poderia dizer muito mais sobre ele, mas o tal "momento" já se está a esticar demais...) Então aqui vai:

Os finlandeses Nightwish foram os cabeça de cartaz no dia 28 de Julho, dia da abertura do festival de Rock mais antigo do país: Vilar de Mouros. Adorava estar a relatar o que de mais importante se passou, vivendo tudo isso por experiência própria, mas a verdade é que não estive lá... Conspirações sinistras surgiram contra a minha presença no recinto do festival, e então decidi ficar por casa e aguardar com expectativa toda e qualquer novidade sobre o concerto. Ouvi muitos pormenores, vi fotos, filmes, e conclui (tal como todos os que realmente viram o concerto): foi algo de arrebatador. Tarja Turunen no seu melhor, mantendo a sua belíssima voz lírica ao ritmo e qualidade pretendida pela música de Tuomas Holopainen (teclas), Marco Hietala (baixo), Erno Vuorinen - Emppu - (guitarra) e Jukka Nevalainen (bateria), numa apresentação do novo disco "Once" e retrospectiva dos clássicos mais venerados da banda. Acho que por uma questão de desenvolvimento de cultura musical, devem consultar o site oficial (www.nightwish.com), sacar a discografia completa e começar a curtir a verdadeira música (é nesta parte que se começam a rir da minha cara e a dizer "pois sim, claro!" não é?) Mas adiante...

Nesse mesmo dia, nesse mesmo recinto, seguiu-se ao sublime momento da actuação de Nightwish, um concerto duma banda holandesa igualmente fascinante: os Within Temptation. Os presentes disseram que também se tratou de um momento transcendente, em que a música híbrida de goth metal com inspirações clássicas foi crescendo, conquistando todos os presentes, quer conhecessem a banda quer não. No entanto, os fans acabaram por admitir que o concerto foi uma cópia demasiado fiel dos cds, e que mesmo a voz límpiada de Sharon den Adel soava exactamente igual às gravações (não porque tivessem feito playback, como determinadas princesas da Pop cujo nome não vou citar -SIM!!! Britney Spears no Rock in Rio!!- mas sim porque são realmente músicos com qualidade... Não obstante, quando vamos a um concerto queremos alguma vivacidade e algo original, pelo que há quem diga que a actuação de Within Temptation teve esse pequeno senão... (já agora, se também quiserem consultar: www.within-temptation.com)

Para continuar a noite goth metal em beleza, não podiam faltar os ingleses Anathema, estes já muito bem inseridos no panorama musical contemporâneo. O concerto foi, como não podia deixar de ser, excelente, com um momento alto muito aclamado, que foi nada mais nada menos do que um solo de guitarra interpretado por Danny Cavanagh. (Já agora: www.anathema.ws). E pronto, os detalhes e o registo dos sites acabaram, porque realmente estas são três das minhas bandas preferidas, todas no mesmo dia em Vilar de Mouros! Aproveito para deixar aqui um agradecimento aos responsáveis pelo festival, e repitam p'ro ano! (lógico que os responsáveis vão ler isto - então, não?!:P).

Agora vamos acelerar um pouco o passo, porque as 3 melhores bandas que cá estiveram já foram descritas em pormenor (sim, eu sou extremamente imparcial:P). Para finalizar, no dia 28, estiveram também presentes no palco principal Johnny Panic (pela primeira vez em Portugal) e Oratory.

No dia seguinte, o palco principal apresentou nomes sonantes como Peter Murphy, Jesus Jones, Squeeze Theeze Pleeze, Blues Explosion e o regresso de Echo and the Bunnymen (que para além de terem boa música, permitiram que essa mesma boa música entrasse em "Donnie Darko", o que do meu ponto de vista é uma mais valia:P). No palco secundário, actuaram Secrecy, Civic e Spitout.

Quanto ao dia 30, o palco principal foi ocupado pela "jovem e simpática" Joss Stone, Faithless, Joe Cocker e Alabama 3, estando o palco secundário ocupado por Tara Perdida, The Starvan e Aside. (Não sei se já repararam na discrepância de linhas que dispensei ao goth metal em comparação com o resto dos estilos:P)

Para finalizar, no dia 31, último dia de festival, subiu ao palco Robert Plant (and the strange sensation), Jorge Palma, Porcupine Tree (bom, também adoro a banda, mas como o sono já me está a subir à cabeça não vou fazer relatório... Para informações adicionais contactem-me...), Andy Barlow, The Wedding Present e Kidnap, enquanto que no palco secundário "desfilaram" Lullabye, Bliss e Blunder.

Foi um festivel de se lhe tirar o chapéu, e realmente conto com mais para o ano! Nada de me desapontarem, senhores do Vilar! Tenho dito...

Darko *a gaja que queria ter estado em Vilar de Mouros mas não esteve (e que queria ter mais imaginação para a rúbrica final de post "a gaja que..." mas que também não teve...TEMOS PENA!!)